Revisitando uma “coleção de cabeças”: notas sobre a musealização de restos mortais do cangaço
DOI:
https://doi.org/10.5216/sec.v21i1.54912Resumo
O trabalho investiga a musealização de despojos mortais do
cangaço a partir da trajetória das cabeças de Maria Bonita e
Lampião. Analisa a coleção de cabeças sob o ponto de vista do
“consumo do trágico”, sublinhando como contribuíram para
a efetivação de um antimuseu e para os debates sobre questões
éticas em torno da necrofilia nos museus. Visualiza como a
musealização das cabeças dos cangaceiros contribui para a
reconstrução das interfaces entre Antropologia, Museologia
e museus, evidenciando as transformações nesses artefatos: os
despojos humanos como provas de crime; troféus de guerra;
objetos científicos; e coleções museológicas. As análises
destacam estratégias de arquivamento, fabricação e consagração
de legados nas tramas de uma economia de símbolos sobre o
cangaço e os usos sobre os despojos humanos (tidos como
objetos sensíveis) nos museus.
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