Transformações em torno do fenômeno da violência homicida no estado de Alagoas
DOI:
https://doi.org/10.5216/sec.v19i1.47116Resumo
Embora Alagoas ocupe a posição de estado mais violento do Brasil desde 2006, poucos
esforços têm sido empreendidos para explicar e compreender a constituição desta realidade.
A explosão dos percentuais de violência homicida registrados em Alagoas na
última década tem sido, com frequência, associada, ora à ideia de um resíduo histórico
da violência “fundante” da província no século XIX, ora à ideia de uma cultura da
violência que distinguiria, sobremaneira, o alagoano. Acreditamos que estes argumentos
perdem de vista a particularidade do problema, pois enfatizam explicações
estruturalistas que, ao longo do tempo, pouco contribuíram para a formação de componentes
cognitivos que fomentassem a concepção e a implementação de planos ou
programas de segurança no estado. Recorremos aqui aos conceitos de acumulação social
da violência e sujeição criminal, de modo a reafirmar a constituição de uma interpretação
menos historicista e mais sociológica do referido fenômeno. Argumentamos, ainda,
que, no caso alagoano, este processo tem disseminado – talvez como em nenhum outro
lugar do Brasil – a produção de um discurso que negligencia, nos planos simbólico
e prático das relações de Estado, o desenvolvimento de políticas públicas de segurança
preventivas ou compensatórias.
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