Naturezas monumentalizadas, cotidianos politizados: a construção discursiva do lugar no caso do Quilombo Sacopã
DOI:
https://doi.org/10.5216/sec.v16i1.28213Palavras-chave:
lugar, quilombo urbano, patrimônio cultural e natural, monumentalidade, cotidianoResumo
A disputa decorrente da presença do Quilombo Sacopã numa área instituída como Parque Municipal José Guilherme Merquior (PMJGM) na cidade do Rio de Janeiro,em 2001, é analisada a partir da tensão existente entre monumentalidade e cotidiano.Como parte dos discursos patrimoniais, essas categorias descobrem as lógicas de apropriação e construção do lugar mediante narrativas e relatos que se desdobram nas ações de preservação ambiental e da memória cultural. O Quilombo Sacopã está conformado pelos membros da família Pinto, que se organizaram para defender o direito à moradia e a titularidade da terra que habitam desde 1920; porém, esse reclamo confronta-se com os interesses de alguns residentes de condomínios do bairro,representados pela associação de moradores, que defende interesses ambientalistas. O conflito exposto atenta contra a compreensão do lugar como algo pronto, estático e perfeitamente delimitado e evidencia que, como construção social, o lugar se apresenta internamente heterogêneo, constituído pela acumulação de diversas camadas de significados, suas dinâmicas e configurações são dialéticas, de relativas permanências e mudanças nos processos socioespaciais.Downloads
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Publicado
2014-02-06
Como Citar
CÁCERES, L. S. R. Naturezas monumentalizadas, cotidianos politizados: a construção discursiva do lugar no caso do Quilombo Sacopã. Sociedade e Cultura, Goiânia, v. 16, n. 1, p. 10.5216/sec.v16i1.28213, 2014. DOI: 10.5216/sec.v16i1.28213. Disponível em: https://revistas.ufg.br/fcs/article/view/28213. Acesso em: 22 dez. 2024.
Edição
Seção
Dossiê
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