O habitat de significado do não-lugar como espaço político e performativo concreto

Autores

  • Ricardo Seiça Salgado Instituto Universitário de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.5216/sec.v16i1.28207

Palavras-chave:

habitat de significado, habitat não significativo, lugar antropológico, não lugar, estado de exceção

Resumo

A crítica ao conceito de não-lugar parte da constatação de ele ser estéril quando a etnografia o desmonta e o declara como lugar identitário. Assim, ensaia-se a possibilidade de o não-lugar ser conceitualizado como um lugar antropológico que urge trabalhar etnograficamente. Para tal, propõe-se a oposição entre habitat de significado e habitat não-significativo como alternativa conceitual que deriva parcialmente da formulação de lugar antropológico e não-lugar de Augé. Argumenta-se que o não-lugar, como espaço político e performativo concreto, poderá ser o espaço vivido de habitats de significado que configuram realidades socioculturais frágeis. São realidades invisibilizadas por medidas legais das democracias que reproduzem uma relação de exceção (formulada por Agamben) e são imanentes da precariedade que caracteriza a nossa época. Procura-se que o conceito sirva operatoriamente a todas as épocas históricas e para variados contextos socioculturais.

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Publicado

2014-02-06

Como Citar

SALGADO, R. S. O habitat de significado do não-lugar como espaço político e performativo concreto. Sociedade e Cultura, Goiânia, v. 16, n. 1, p. 10.5216/sec.v16i1.28207, 2014. DOI: 10.5216/sec.v16i1.28207. Disponível em: https://revistas.ufg.br/fcs/article/view/28207. Acesso em: 8 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê