Produção de substâncias, revelação e outras armadilhas no combate ao racismo no Brasil contemporâneo
DOI:
https://doi.org/10.5216/sec.v13i1.11179Palavras-chave:
identity, representation, racism, science, politics.Resumo
Na área denominada como “saúde da população negra”, cresce o interesse pela afro-descendência e pelas chamadas “doenças raciais”. Concomitantemente, mapeamentos genéticos têm sido feitos com o intuito de deslegitimar a “raça”, com base na afirmação da miscigenação como a “verdadeira identidade” do povo brasileiro. Neste artigo, essas questões serão discutidas tendo em vista o modo como a legitimidade e a autoridade da biologia estão sendo mobilizadas para justificar posições políticas. A produção de identidades mediadas pela genética não será aqui discutida como processo de “naturalização”, “geneticização” ou mesmo “biologização” da sociedade. Trata-se de uma “política da representação” que reproduz dicotomias – entre ciência e política, por exemplo – num movimento intenso de hierarquização de predicados e produção de substâncias. A crítica a essa política se faz necessária como uma crítica política à determinação biológica e a sua lógica substancialista e de revelação.
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