Sistema alimentar e patrimônio imaterial: o chouriço no Seridó
DOI:
https://doi.org/10.5216/sec.v8i2.1012Resumo
O artigo apresenta dados etnográficos da festa da matança de porco e da produção de um doce – o chouriço na região do Seridó, no Rio Grande do Norte. Apresentado como um dos elementos definidores da identidade seridoense, o doce é analisado aqui como patrimônio imaterial. Se o consumo de alimentos está ligado a espaços, tempos, práticas, situações e comportamentos coletivamente vividos e imaginados, com a análise dessa prática alimentar, temos a oportunidade de explorar um sistema alimentar que informa sobre a organização e a lógica simbólica da sociedade sertaneja: é a ocasião de trocas, distribuições e retribuições quando se realiza o exercício da reciprocidade, apesar de esses alimentos serem revestidos de tabus e interdições. Durante a festa é possível percebermos elementos do sistema simbólico local (valores, crenças, representações e tabus) e dos aspectos sociais. O forte simbolismo que envolve a carne de porco e o sangue, bem como a sua ingestão, está relacionado a fatores simbólicos, sociais e imaginários. Fatores estes responsáveis pela transformação de alimentos proibidos em “alimentos-dádiva” que são capazes de gerar relações sociais e revelar uma cultura tradicional ainda performativa. Palavras-chave: sistema alimentar; identidade; tradição; festa; patrimônio imaterialDownloads
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Publicado
2007-12-05
Como Citar
CAVIGNAC, J. A.; DANTAS, M. I. Sistema alimentar e patrimônio imaterial: o chouriço no Seridó. Sociedade e Cultura, Goiânia, v. 8, n. 2, 2007. DOI: 10.5216/sec.v8i2.1012. Disponível em: https://revistas.ufg.br/fcs/article/view/1012. Acesso em: 28 dez. 2024.
Edição
Seção
Dossiê
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