Sujeito e agência no pensamento de Judith Butler: contribuições para a teoria social

Autores

  • Neiva Furlin Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.5216/sec.v16i2.32198

Palavras-chave:

sujeito, agência, poder, teoria social

Resumo

Este ensaio analisa as noções de sujeito e de agência no pensamento de Judith Butler e a relevância de sua contribuição para a teoria social. O sujeito aparece constituído por meio de um processo de reiteração ritual de normas, mas que não o constitui totalmente,porque nas próprias dinâmicas do poder se encontra a condição da agência,entendida como resistência e capacidade de ação política. A agência é movida pelo desejo, e este se manifesta como a força inovadora e impulsora da mudança, porque é ele que ativa a consciência reflexiva acerca dos limites que o poder impõe ao sujeito,gerando resistência/agência. O pensamento de Butler traz uma contribuição original para a teoria social, pois possibilita a compreensão dos processos de resistência e de agência que emergem desde as “margens sociais”, de sujeitos historicamente invisibilizados ou tidos como “subalternos” ou não inteligíveis, dentro de uma dada ordem social. Trata-se de uma agência que rompe com lógicas hegemônicas e permite ressignificar práticas sociais e subjetividades, colocando em cena novas cadeias reiterativas,que criam as condições para os processos de mudanças socioculturais.

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Publicado

2014-10-09

Como Citar

FURLIN, N. Sujeito e agência no pensamento de Judith Butler: contribuições para a teoria social. Sociedade e Cultura, Goiânia, v. 16, n. 2, 2014. DOI: 10.5216/sec.v16i2.32198. Disponível em: https://revistas.ufg.br/fcs/article/view/32198. Acesso em: 20 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos Livres