As flores de Sam Mendes e Paul Thomas Anderson
Resumo
Fotograma 1 - A abertura: ajuste do foco
É sempre uma experiência profícua tentar acompanhar paralelamente olhares condensados em dois ou mais filmes que, em certa medida, apresentam temáticas similares. Essa coincidência não ocorre apenas nos casos em que as produções compartilham o mesmo momento sócio-histórico, mas não deixa de chamar a atenção o fato de que “Beleza Americana” e “Magnólia” tenham sido lançados no mesmo ano, 1999, e tenham tratado de questões que também foram objetos de atenção de outros filmes do mesmo período. Percebe-se, por um lado, que a proximidade dos temas não decorre de modo estreito do contexto imediato de produção, quando se compara, por exemplo, o filme dirigido por Sam Mendes a outro realizado mais de trinta anos antes, “Os Pecados de Todos Nós”. Apesar da razoável distância temporal que os separa, Mendes divide com o diretor John Huston um olhar sobre o autoritarismo e, inclusive, partilha uma solução para a trama pensada em bases nitidamente de inspiração freudiana.
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