ESTUDO SOBRE O COMÉRCIO INFORMAL DE PLANTAS MEDICINAIS EM GOIÂNIA E CIDADES VIZINHAS
DOI:
https://doi.org/10.5216/ref.v3i1.2070Resumen
A prática do uso de plantas medicinais já faz parte da história da humanidade e o conhecimento sobre a arte de transformar plantas em medicamentos, tem sido transmitido ao longo de gerações. Porém, esse conhecimento popular sobre o poder terapêutico das plantas em medicamentos, tem se restringido a um número cada vez menor de pessoas. Considerando esse contexto, o raizeiro, profissional que manipula e comercializa plantas medicinais, principalmente em cidades com forte tradição na agricultura e pecuária, assume papel importante na preservação e divulgação desse conhecimento. O objetivo desse estudo foi avaliar o trabalho dos raizeiros de Goiânia e cidades vizinhas. A metodologia consistiu na realização de entrevistas com 14 raizeiros, selecionados de acordo com a idade (mais idosos) e os com mais tempo dedicado ao trabalho com plantas medicinais. As entrevistas se desenvolveram informalmente durante o trabalho do profissional e foram gravadas em fitas cassete, sendo os dados posteriormente transcritos. As entrevistas permitiram identificar como os raizeiros adquiriram o conhecimento sobre o uso de plantas medicinais, qual o efeito terapêutico que é atribuído a cada uma delas, bem como a forma de preparação e utilização, o desconhecimento quanto a interações e efeitos colaterais e como as espécies vegetais são obtidas para o comércio. No estudo foram citadas 235 plantas pelos nomes populares, sendo que das 28 mais citadas, 18 tiveram a mesma indicação terapêutica básica de todos os que a comercializavam. As 28 plantas mais citadas foram analisadas por um botânico e 24 tiveram as espécies identificadas, 03 identificadas apenas quanto ao gênero e 01 não foi identificado nem o gênero. Embora com ressalvas, a importância dos raizeiros para a população, especialmente a de baixa renda, deve ser reconhecida. Todavia, alguns fatores podem representar riscos para os consumidores dessas preparações populares: conhecimento insuficiente sobre as plantas comercializadas, risco de falsificações, falta de controle de qualidade do material vegetal e o uso de misturas de plantas sem considerar as suas interações. 10.5216/ref.v3i1.2070Descargas
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Publicado
2007-10-23
Cómo citar
TRESVENZOL, L. M. ESTUDO SOBRE O COMÉRCIO INFORMAL DE PLANTAS MEDICINAIS EM GOIÂNIA E CIDADES VIZINHAS. Revista Eletrônica de Farmácia, Goiânia, v. 3, n. 1, 2007. DOI: 10.5216/ref.v3i1.2070. Disponível em: https://revistas.ufg.br/REF/article/view/2070. Acesso em: 24 nov. 2024.
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Artigos Originais
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