TY - JOUR AU - Cole, Eduardo Roberto AU - Arpini, Ariana Fernandes AU - Andrade, Cleane Rodrigues AU - Biancardi, Emanoele Furlan PY - 2010/01/29 Y2 - 2024/03/29 TI - TERAPIA FARMACOLÓGICA DA OBESIDADE: UMA ANÁLISE CRÍTICA E REFLEXIVA DAS PRESCRIÇÕES DE CATECOLAMINÉRGICOS POR UMA FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO DO MUNICÍPIO DE VILA VELHA, ESPÍRITO SANTO JF - Revista Eletrônica de Farmácia JA - Rev. Eletr. Farm. VL - 6 IS - 4 SE - DO - 10.5216/ref.v6i4.8793 UR - https://revistas.ufg.br/REF/article/view/8793 SP - AB - A obesidade é um grave problema de Saúde Pública caracterizado pelo acúmulo excessivo de gordura, numa proporção que pode prejudicar a saúde. Dentre os medicamentos utilizados para tratamento da obesidade destacam-se as drogas catecolaminérgicas. Foram analisadas prescrições magistrais de catecolaminérgicos atendidas por uma farmácia de manipulação situada no município de Vila Velha, Espírito Santo, no período de janeiro à agosto de 2007. O femproporex foi o catecolaminérgico mais prescrito (63,00%). A Clínica Médica representou a principal especialidade médica prescritora de catecolaminérgicos, com 40,34% das prescrições. Verificou-se uma prevalência dos catecolaminérgicos em associações (85,80%), contrariando recomendações da Organização Mundial da Saúde, sendo, a associação com benzodiazepínicos e inibidores seletivos da recaptação de monoaminas a mais comum (52,98%). Também foram verificadas, ainda que em menor proporção, associações envolvendo catecolaminérgicos e diuréticos, agentes lipolíticos, fitoterápicos de ação catártica e de ação sedativa, além de catecolaminérgicos associados entre si. Com relação à dosagem utilizada de femproporex e anfepramona, 75,93% e 24,07% das prescrições, respectivamente, encontravam-se acima dos valores recomendados pela literatura de referência. Os problemas encontrados com o receituário, em termos de dosagem e associações indevidas, ocorreram principalmente nas prescrições da Clínica Médica (53,70%). Os resultados encontrados expõem uma série de riscos relacionados à terapia medicamentosa da obesidade. Esta deve ser prudente, criteriosa e racional, contemplando padrões técnico-científicos e legais. A responsabilidade deve ser compartilhada por todos: sociedade, profissionais médicos e farmacêuticos, a fim de evitar o oportunismo e abusos envolvendo o uso irracional de medicamentos para obesidade. 10.5216/ref.v6i4.8793 ER -