TOXICIDADE RENAL E HEPÁTICA EM CAMUNDONGOS PRENHES EXPOSTOS À ASSOCIAÇÃO DO ÁCIDO 2,4 DICLOROFENOXIACÉTICO E DO GLIFOSATO

Resumo

Os praguicidas são produtos químicos ou quaisquer substâncias ou mistura de substâncias destinadas à prevenção, à destruição ou ao controle de qualquer praga, incluindo os vetores de doenças humanas ou de animais, sendo os mais utilizados por agricultores o 2,4 – D e o glifosato. A população em geral pode estar exposta a paguicidas através de ingestão de resíduos em alimentos, exposição dérmica ou ainda por inalação de aerossóis durante a aplicação. No Brasil, eles participam expressivamente nos óbitos, sendo de grande importância estudos sobre a toxicidade desses compostos. Este trabalho tem como objetivo avaliar o efeito tóxico nos órgãos rim e fígado de camundongos prenhes tratados com a associação do 2,4-D e glifosato (formulações comerciais) em diferentes concentrações. Utilizou-se 36 camundongos fêmeas, divididos em quatro grupos. As dosagens 15, 75 e 150 mg/kg foram diluídas em água destilada e aplicadas uma vez ao dia, via gavagem durante 20 a 25 dias de administração no período pré-acasalamento e gestação. O grupo controle recebeu somente água destilada. No período reprodutivo as fêmeas foram acasaladas com machos da mesma linhagem e o dia em que foi constatada a presença da rolha vaginal, foi considerado o 1° dia de gestação (ddg). Ao completarem o 6°, 10° e 15° ddg, os animais referentes a cada grupo foram sacrificados, e os rins e fígado coletados para a análise histológica. O rim dos animais experimentais mostraram homogeneidade entre os túbulos e vacuolização citoplasmática nos túbulos. No fígado, observou-se hipercromatismo nuclear nos hepatócitos e homogeneidade nos tecidos. As alterações histopatológicas no rim e fígado, não foram dose-dependentes e não foram relacionadas com o período gestacional, sugerindo aumento da atividade celular, frente a potencialização de ambos os herbicidas e/ou componentes e seus metabólitos. 10.5216/ref.v6i2.6562