NIFEDIPINA MANIPULADA OU ESPECIALIDADE FARMACÊUTICA? ESTUDO IN VITRO.

Autores

  • Eliane Klienchen de Maria
  • Ana Julia Pereira Santinho

DOI:

https://doi.org/10.5216/ref.v5i2.5151

Palavras-chave:

nifedipina, hipertensão, estudo in vitro

Resumo

Vários grupos de pesquisa têm investigado diferentes formas de apresentação da nifedipina com a finalidade de oferecer aos clínicos uma opção que permita uma ação farmacológica mais eficiente e eficaz no tratamento de pacientes hipertensos e anginopatas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da manipulação sobre o comportamento in vitro da nifedipina considerando o teor e a porcentagem liberada a partir de cápsulas industrializadas e magistrais. Foram empregadas cápsulas de nifedipina de 10 mg, sendo dois lotes diferentes do medicamento de referência e dois lotes diferentes de produtos manipulados em três Farmácias de Manipulação de Presidente Prudente-SP. Para tanto, amostras foram submetidas ao teste de uniformidade de conteúdo para determinação do teor e ao teste de dissolução para determinação da porcentagem de substancia ativa liberada, de acordo com a Farmacopéia Brasileira. Os dados obtidos demonstraram que não houve diferença significativa entre o teor de nifedipina do medicamento de referência e dos produtos manipulados. Entretanto, uma das farmácias apresentou o produto com teor abaixo da faixa preconizada pela Farmacopéia Brasileira. O teste de dissolução mostrou que todos os produtos manipulados exibiram % de nifedipina significativamente inferior ao medicamento de referência. Isto pode ser atribuído à natureza e a concentração dos excipientes farmacêuticos utilizados que aumentaram o tempo de dissolução de tais cápsulas devido à grande variação em suas características funcionais, além da sensibilidade desta substancia ativa à luz. Em conclusão, pode-se observar que as cápsulas de nifedipina manipuladas em farmácias de Presidente Prudente-SP, Brasil, não apresentaram comportamento in vitro adequado no teste de dissolução em comparação com o medicamento de referência, permitindo-nos afirmar que a administração destes produtos corresponderia à ingestão oral de aproximadamente 4 – 5 mg de nifedipina, dosagem inadequada para ser utilizada como anti-hipertensivo antecessor da elevação da pressão arterial. 10.5216/ref.v5i2.5151

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Publicado

2008-12-04

Como Citar

DE MARIA, E. K.; SANTINHO, A. J. P. NIFEDIPINA MANIPULADA OU ESPECIALIDADE FARMACÊUTICA? ESTUDO IN VITRO. Revista Eletrônica de Farmácia, Goiânia, v. 5, n. 2, 2008. DOI: 10.5216/ref.v5i2.5151. Disponível em: https://revistas.ufg.br/REF/article/view/5151. Acesso em: 19 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos Originais