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Novas Tecnologia=
s e as
Ciências Farmacêuticas
Eliana Martins Lima
Professora de Tecnologia Farmacêutica
FF/UFG
Saúde e qualidade de vi=
da. É
possível que aqui estejam resumidos os principais objetivos das
crescentes inovações tecnológicas, aliadas à mo=
dernidade
que permeia este início do Século XXI.
Há pouco mais de 20 ano=
s,
havia apenas cerca de 100 novos fármacos em fases avançadas de
desenvolvimento em todo o mundo. Hoje este número supera a casa dos =
mil,
sendo que cerca de 30% destes têm um mercado potencial maior do que 10
bilhões de dólares.
No grupo das empresas
farmacêuticas de maior faturamento em 2005, os valores impressionam,
não apenas pelas vendas anuais (cerca de U$45 bilhões no caso=
da Pfizer), mas principalmente pelo investimento aplicad=
o em
pesquisa e desenvolvimento, o que gira em torno de 20% do faturamento em venda=
s das
50 maiores companhias, chegando a valores próximos a 30% em empresas
como a Roche e a Johnson & Johnson. (Fonte:=
Pharmaceutical Executive,=
maio
2006). Este percentual de investimentos em P&D coloca a indústria
farmacêutica no primeiro lugar do ranking mundial no que diz respeito=
a
este quesito, superando de forma expressiva os setores de petróleo,
energia, informática, transportes, telecomunicações, e
todos os demais.
Razões para este
comportamento da indústria farmacêutica são vári=
as.
Dados da Organização das Nações Unidas indicam =
que
entre os anos de 1986 e
Tecnologia é saber faze=
r,
aperfeiçoar. É gerir a escolha do processo adequado e otimizar
cada etapa. Fármacos e medicamentos atualmente integram a agenda
nacional de Ciência e Tecnologia. Aliar novas tecnologias às
pesquisas nas Ciências Farmacêuticas é ingrediente certo
para a geração de conhecimento e a obtenção de
produtos inovadores capazes de revolucionar diversas terapias.
As inovações nas pesquisas com fárm=
acos
e medicamentos vêm tornando possível obter produtos cujo desem=
penho
era, há pouco tempo, apenas o desejo da comunidade científica=
. Sistemas
de liberação controlada capazes de manter
concentrações estáveis de fármaco na corrente
sanguínea durante meses ou anos já estão
disponíveis. Fármacos em dispositivos carreadores capazes de
direcioná-los especificamente ao sítio de ação
também já deixam os laboratórios de pesquisa e atingem=
o
mercado farmacêutico. A nanotecnologia está presente em
medicamentos contra o câncer, minimizando efeitos tóxicos e ma=
ximizando
os resultados terapêuticos. A farmacogené=
tica
apresenta-se como uma perspectiva cujo alcance está cada vez mais
próximo. Fármacos mais seletivos e com maior estabilidade
são alvo de inúmeras investigações. Pelo dinami=
smo
inerente à pesquisa e ao desenvolvimento