AVALIAÇÕES MORFOLÓGICAS DE LESÕES NAS EXTREMIDADES DISTAIS DOS MEMBROS DE BOVINOS CLAUDICANTES

Autores

  • Luiz Henrique Silva Universidade Federal de Goiás
  • Ingrid Rios Lima Universidade Federal de Minas Gerais
  • Ângela Moni Fonseca Universidade Federal de Goiás
  • Naida Cristina Borges Universidade Federal de Goiás
  • Maria C. Soares Fioravanti UFG

DOI:

https://doi.org/10.5216/cab.v12i3.12850

Palavras-chave:

Clínica de Bovinos, Medicina de ruminantes

Resumo

A alta incidência de afecções podais, que, ao se complicarem, disseminam a infecção para estruturas internas dos dedos, requer exame detalhado mediante emprego de técnicas auxiliares de diagnóstico. Objetivou-se com este estudo determinar os aspectos morfológicos dos dígitos de bovinos claudicantes, classificando e quantificando a ocorrência de alterações macroscópicas e histopatológicas, bem como estabelecer correlações entre as variáveis macroscopia-microscopia, claudicação-macroscopia e claudicação-microscopia. Foram utilizados 18 bovinos mestiços, machos, manejados em sistema intensivo durante o período de 112 dias. Os animais foram divididos em três grupos: (GI) claudicação de escore 2; (GII) claudicação escore 3 e (GIII) claudicação escore 4, resultando em 72 membros a serem avaliados. Realizaram-se exames clínicos e histopatológicos em todas as extremidades dos membros, sendo coletadas amostras na porção dorsal e palmar/plantar para realização do histopatológico, totalizando 144 amostras. Observou-se que 15 (83,3%) dos 18 animais estudados apresentaram a associação de lesões macro com lesões microscópicas, sendo que seis animais pertenciam ao GIII, cinco ao GII e quatro ao GI. A erosão de talão acometeu 16,6% dos membros torácicos esquerdo, sendo a única lesão macroscópica deste membro. Na avaliação microscópica da derme constatou-se ausência de lesões em 68,7% das amostras e em 31,3% verificou-se infiltrado inflamatório mononuclear. O infiltrado inflamatório mononuclear multifocal predominou (43,1%) em relação ao infiltrado dos tipos difuso (15,2%) e focal (4,2%), sendo que três infiltrados inflamatórios do tipo focal eram leves e onze eram difusos e severos. De acordo com a metodologia empregada, pôde-se concluir que o escore de locomoção, associado à caracterização das lesões podais e ao exame histopatológico, auxiliou no diagnóstico de claudicação e que existe relação entre claudicação, lesões macroscópicas e alterações histopatológicas, mas não foi possível relacionar os tipos de lesões microscópicas às diferentes formas de manifestação das doenças podais nos bovinos estudados.
PALAVRAS-CHAVE: bovino; claudicação; dígitos; histopatologia.

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Biografia do Autor

Luiz Henrique Silva, Universidade Federal de Goiás

Mestrando em Ciência Animal na Escola de Veterinária e Zootecnia/UFG. Área de concentração: Patologia, clínica e cirurgia. Atuante no departamento de Diagnóstico por Imagem

Ingrid Rios Lima, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutoranda em Medicina Veterinária na Universidade Federal de Minas Gerais

Ângela Moni Fonseca, Universidade Federal de Goiás

Residente em Anestesiologia Veterinária no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Goiás

Naida Cristina Borges, Universidade Federal de Goiás

Professora Doutora na Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás, departamento de Diagnóstico por Imagem

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Publicado

2011-09-29

Como Citar

SILVA, L. H.; LIMA, I. R.; FONSECA, Ângela M.; BORGES, N. C.; FIORAVANTI, M. C. S. AVALIAÇÕES MORFOLÓGICAS DE LESÕES NAS EXTREMIDADES DISTAIS DOS MEMBROS DE BOVINOS CLAUDICANTES. Ciência Animal Brasileira / Brazilian Animal Science, Goiânia, v. 12, n. 3, p. 566–575, 2011. DOI: 10.5216/cab.v12i3.12850. Disponível em: https://revistas.ufg.br/vet/article/view/12850. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Medicina Veterinária