MECANISMOS DA AÇÃO LARVICIDA DO DIFLUBENZURON SOBRE Aedes aegypti EVIDENCIADOS PELAS ALTERAÇÕES ULTRAESTRUTURAIS

Autores

  • Rosana Alves Borges
  • Walquíria Arruda
  • Ellen Synthia Fernandes de Oliveira
  • Gláucia Maria Cavasin
  • Heloisa Helena Garcia da Silva
  • Ionizete Garcia da Silva

DOI:

https://doi.org/10.5216/rpt.v41i2.19326

Palavras-chave:

Aedes aegypti, Diflubenzuron, Ultraestrutura, Mesêntero.

Resumo

O dengue é uma doença viral transmitida por Aedes aegypti em mais de 100 países na faixa intertropical do mundo e, até o momento, as principais formas de controle são as ações antivetoriais. Neste trabalho, são apresentadas as alterações ultraestruturais provocadas pelo diflubenzuron (DFB) nas larvas de Ae. aegypti. Os experimentos foram realizados com larvas de terceiro estádio de Ae. aegypti com DFB nas concentrações de 0,1 e de 1?g/mL. Após 24 horas de exposição, as larvas
foram coletadas, fixadas, desidratadas, emblocadas, cortadas, contrastadas com acetato de uranila a 3% e citrato de chumbo e analisadas em microscópio eletrônico. As alterações ultraestruturais foram observadas na cutícula e no mesêntero dessas larvas. Por meio de microscopia de varredura, observou-se o aumento do número das cerdas, que se apresentaram mais delgadas e mais longas do que o controle e exibiram um padrão de enrolamento nos sulcos intersegmentares. As análises no
microscópio eletrônico de transmissão revelaram que as epicutículas antigas se desprenderam quase que totalmente da nova epicutícula e não possuíam pontos de reforço comumente encontrados no controle. As células do mesêntero de larvas expostas ao DFB apresentaram um arcabouço esponjoso e nas secções ultrafinas se apresentaram danificadas e vacuolizadas, mas com a presença de vesículas de secreção e integridade mitocondrial. Este estudo mostrou que o DFB interfere no processo da ecdise e impede a liberação da cutícula velha que se acumula nos espaços intersegmentares estrangulando as porções segmentares num processo sucessivo e acumulativo, também bloqueia a muda e provoca a morte da larva. Este é o mecanismo de ação larvicida do DFB sobre Ae. aegypti, entretanto o produto age também no mesêntero destruindo as células.

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Como Citar

BORGES, R. A.; ARRUDA, W.; OLIVEIRA, E. S. F. de; CAVASIN, G. M.; SILVA, H. H. G. da; SILVA, I. G. da. MECANISMOS DA AÇÃO LARVICIDA DO DIFLUBENZURON SOBRE Aedes aegypti EVIDENCIADOS PELAS ALTERAÇÕES ULTRAESTRUTURAIS. Revista de Patologia Tropical / Journal of Tropical Pathology, Goiânia, v. 41, n. 2, 2012. DOI: 10.5216/rpt.v41i2.19326. Disponível em: https://revistas.ufg.br/iptsp/article/view/19326. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS / ORIGINAL ARTICLES