Enteroparasitos e condições socioeconômicas e sanitárias de uma comunidade Quilombola do semi-árido Baiano
DOI:
https://doi.org/10.5216/rpt.v39i1.9498Palavras-chave:
Enteroparasitos, Comunidade remanescente quilombola, Perfis sanitários, Saneamento básico.Resumo
As enteroparasitoses vêm sendo exaustivamente estudadas ao longo do século em diversas comunidades no Brasil. Porém, estudos que envolvam comunidades remanescentes quilombolas ainda são escassos. Este trabalho teve como objetivo investigar a frequência de parasitos intestinais e possíveis fatores de risco para estas infecções em uma amostra de crianças e adolescentes (2 a 14 anos) residentes em uma área de remanescentes quilombolas da Bahia. Foram examinados 348 indivíduos e aplicado um questionário sobre suas características socioeconômicas e sanitárias. Dentre os 348 examinados, a frequência de resultados positivos para pelo menos um protozoário ou helminto foi de 276 (79,3%). Quanto aos aspectos socioeconômicos e sanitários, das 180 famílias entrevistadas 122 (67%) informaram viver com renda média de meio salário mínimo mensal, mais da metade (61%) não consomem água tratada, 51% não possuem banheiros em suas residências e a falta de rede de esgoto prevaleceu em 96,6% dos domicílios. Estes resultados evidenciaram um quadro de alta frequência de enteroparasitos nesta população, uma vez que está exposta a precárias condições higiênico-sanitárias. Este quadro exige das autoridades governamentais medidas de controle e educação para melhorar a qualidade de vida desta comunidade.
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